Em pleno século XXI, continuamos medindo riqueza da mesma forma que fazíamos há 500 anos. Mas será que essa é a maneira certa de medir riqueza de verdade?
A verdadeira riqueza está na economia?
Desde 1500, quando derrubamos o primeiro pau-brasil, estabelecemos uma relação extrativista com nossas florestas, dessa forma, tratando-as como um banco infinito de recursos.
Ciclos econômicos vieram e foram, como: café, borracha, soja… dessa forma cada um deixou um rastro de destruição maior que a prosperidade gerada.
Isso acontece por um motivo simples: contabilizamos apenas o que extraímos da floresta, nunca o que ela nos oferece gratuitamente: vida.
A sociedade nos acostumou a medir prosperidade pelas florestas caídas e não pelas florestas em pé e produtivas.
A riqueza de verdade é mensurável ou invisível?
Para ter uma ideia, a Amazônia gera mais de 300 bilhões de reais anualmente apenas em serviços ambientais, e segundo dados do Banco Mundial, as florestas tropicais são responsáveis por absorver cerca de 7,6 bilhões de toneladas de CO₂ por ano, ou seja, o equivalente a quase 20% das emissões globais.
Da mesma forma que comunidades tradicionais protegem 30% das florestas globais, sendo três vezes mais eficientes que outros modelos de conservação, graças a suas tecnologias de baixo impacto.
Por fim, podemos supor que a riqueza de verdade está em bancos com árvores mortas estampadas em notas, ou dentro das florestas em pé?
No mercado de carbono, enquanto um crédito florestal captura 1 tonelada de CO₂, agroflorestas bem planejadas podem sequestrar até 3 vezes mais e gerar renda com alimentos orgânicos.
De acordo com estudos da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), uma agrofloresta madura pode sequestrar entre 6 a 8 toneladas de CO₂ por hectare anualmente, além de aumentar a biodiversidade local em até 80%.
No entanto, se mantivermos esse ritmo suicida de destruição, as projeções do IPCC indicam que até 2040 ultrapassaremos o limite crítico de 2 graus celsius de aquecimento global.
As consequências serão devastadoras: perderemos 70% da Amazônia, 40% da nossa agricultura entrará em colapso, e 200 milhões de pessoas serão forçadas a abandonar suas casas.
Esse é o papel dos projetos de reflorestamento na Amazônia, para reverter esses números o mais rápido possível.
Fomos acostumados a medir prosperidade pelas florestas caídas e não pelas florestas em pé e produtivas, e essas são riquezas de verdade.
O caminho para se alcançar a riqueza de verdade
A riqueza de verdade está em uma economia que brota da floresta viva, não da floresta morta.
Um modelo que valoriza os verdadeiros especialistas: povos indígenas, comunidades tradicionais e pequenos agricultores, pessoas que há gerações desenvolvem e aperfeiçoam práticas sustentáveis de manejo florestal.
O mercado de carbono surgiu como uma primeira tentativa de direcionar recursos para quem realmente trabalha pela preservação do clima.
Em 2023, esse mercado movimentou mais de 850 bilhões de dólares globalmente, com projeção de atingir 1 trilhão até o final deste ano.
No entanto, ele ainda é insuficiente para reconhecer todo o valor e esforço dessas comunidades. A verdadeira riqueza vai muito além dos números em uma planilha: está na biodiversidade preservada, na água limpa, no ar puro e nas comunidades fortalecidas.
Qual o futuro da nossa economia?
A verdadeira riqueza e o futuro da nossa economia não serão decididos em escritórios climatizados, mas sim nas roças, nos quintais e nas comunidades que transformam resistência em regeneração todos os dias.
É hora de redefinir o que entendemos por riqueza e reconhecer que uma floresta em pé vale infinitamente mais que uma floresta derrubada.
Quando começarmos a medir a riqueza de verdade pela quantidade de vida que geramos, e não apenas pelos recursos que extraímos, descobriremos que as florestas são nosso maior tesouro.
Porque no final, é simples: nossa economia será florestal e regenerativa, ou simplesmente não será.
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