O que ECONOMIA significa?
A palavra “economia” carrega em suas raízes gregas um significado profundo: “oikos” (casa) e “nomos” (gestão) – literalmente, a “gestão da casa”. E que casa poderia ser maior e mais importante que nosso planeta Terra?
Quando falamos de ECO.NOMIA, estamos nos referindo a algo muito maior que números em planilhas. Trata-se da gestão sustentável de nossa casa coletiva, um sistema que precisa se auto sustentar e se retroalimentar, exatamente como acontece na natureza.
Agrofloresta = floresta agrícola
A agrofloresta representa perfeitamente esta gestão ancestral: um sistema onde cada elemento é simultaneamente produtor e consumidor, nutridor e nutrido. É um reflexo perfeito da economia circular que encontramos na natureza, onde nada se perde e tudo se transforma.
Podemos concordar que nosso sistema atual se distanciou dessa sabedoria original. Mas e se, ao olhar para as florestas, encontrássemos o caminho de volta?
Na natureza, não existe desperdício, cada elemento tem seu tempo e seu propósito no ciclo da vida. Um galho que caiu torna-se alimento para fungos, que nutrem o solo e este alimenta novas árvores. É dessa teia de relações que nasce a verdadeira abundância.
Esse é um sistema de “economia natural” que consiste no DNA de toda a natureza, é a forma como as grandes florestas, compostas de fauna e flora, já operam majestosamente. Tudo que é vivo na natureza é programado para reproduzir, multiplicar e cooperar.
Portanto, um sistema agroflorestal é a reprodução consciente e propositalmente desse sistema “econômico” natural. Onde as multi espécies de plantas e sementes são plantadas juntas para que uma colabore com a outra fortalecendo o caminho do crescimento e frutificação, simulando florestas naturais.
Cada fruto colhido, cada semente plantada carrega milhares de anos de coevolução entre humanos e florestas.
Afinal, o que seria uma economia baseada em floresta?
Quando escolhemos produtos agroflorestais, participamos de uma economia mais antiga que o próprio dinheiro, baseada na reciprocidade, nos ciclos naturais e na regeneração constante.
A floresta nos ensina que a real prosperidade não brota da extração, mas da colaboração.
Este modelo econômico vai além da sustentabilidade ambiental. Ele:
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- Fortalece comunidades rurais
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- Gera empregos verdes
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- Preserva conhecimentos tradicionais
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- Promove segurança alimentar
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- Democratiza o acesso a alimentos saudáveis
Faça um exercício…
Neste momento pare e observe tudo o que há ao seu redor, todos os seus pertences, roupas, aparelhos tecnológicos, móveis, livros, objetos… já parou para pensar de onde tudo isso veio?
Essa é a parte que dificilmente somos convidados a reparar durante toda a nossa vida, o ciclo e cadeia produtiva daquilo que nos cerca.
É aquele momento que a criança na escolinha descobre que o leite não vem da caixinha do supermercado, e sim de um animal. Ou, aquele momento que cai a ficha de um adulto de que uma vaca, assim como uma mulher, só produz leite quando está esperando um filhote… faça as contas.
Mas esse não é o tema… a questão é que tudo o que consumimos vem de alguma matéria prima, ou seja, DA TERRA!
Uma economia baseada em florestas defende a LÓGICA: “Florestas em pé valem mais que florestas caídas”.
Faz sentido?
Como posso fazer parte dessa “nova” economia?
Existem muitas formas de migrarmos da economia disfuncional que temos hoje ao redor de todo o mundo, para a economia baseada em florestas. Algumas delas são:
Na vida pessoal
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- Priorizar produtos agroflorestais e de pequenos agricultores locais
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- Adotar uma alimentação mais natural e menos processada: “desembale menos, descasque mais”, menos supermercados e mais feiras.
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- Praticar a reciclagem e compostagem.
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- Apoiar iniciativas de compensação de carbono agroflorestal.
Na vida profissional
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- Rastrear a origem da matéria-prima utilizada em produtos e serviços, toda a cadeia de suprimentos.
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- Dar preferência a fornecedores locais e orgânicos: substitua grandes fornecedores por diversos menores, fortalecendo a economia local e descentralizada.
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- Compensar as emissões de carbono diretas e indiretas da sua empresa e operações, em projetos agroflorestais.
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- Investir em preservação e regeneração dos locais de onde são retirados os insumos que são utilizados na produção dos produtos do seu negócio, para retroalimentar a cadeia produtiva.
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- Separar uma parte dos lucros para projetos sustentáveis, aumentando assim o reconhecimento e credibilidade da sua empresa para o público, e incentivando as práticas.
Agora, coloque em prática
A transição para uma economia baseada em florestas não é apenas uma opção, mas uma necessidade urgente.
Ao combinar práticas agroflorestais com o mercado de carbono e impacto social, criamos um modelo verdadeiramente sustentável que beneficia pessoas, planeta e economia.
Quer saber mais sobre como sua empresa pode compensar carbono por meio de projetos agroflorestais?
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