Greenwashing, na tradução literal seria “green” = verde e “washing” = lavar, ou seja “lavagem verde”. É quando empresas fingem ser mais sustentáveis do que realmente são. Algumas empresas maquiam práticas prejudiciais ao meio ambiente com campanhas bonitas e promessas vazias.
O termo surgiu nos anos 1980, mas virou epidemia no século XXI. Com a pressão por sustentabilidade, muitas empresas descobriram que é mais barato parecer verde do que ser verde.

Como o Greenwashing funciona na prática
Infelizmente, discurso e realidade nem sempre andam juntos. Empresas prometem ser neutras em carbono e compram créditos duvidosos enquanto mantêm operações poluentes. Dizem ter produtos 100% naturais e usam ingredientes naturais em uma porcentagem quase insignificante das fórmulas. Ou mesmo trocam embalagens de plástico por papel, mas aumentam o volume das mesmas.
E são muitas as táticas usadas que podemos chamar de Greenwashing. Termos como “eco-friendly”, “verde”, “sustentável”, em produtos sem explicação sobre o que isso significa na prática. Colocar foco em pequenas ações verdes para esconder grandes impactos negativos, como uma petrolífera que planta árvores mas continua extraindo combustível fóssil. A criação de selos próprios que parecem certificações independentes. O uso de fotos de natureza exuberante em produtos que nada têm de natural.
Alguns exemplos de Greenwashing na prática são o caso Dieselgate em 2015, quando a montadora Volkswagen anunciava carros “limpos” enquanto fraudava testes de emissões. Os veículos poluíam até 40 vezes mais que o declarado.
Outro exemplo é a marca de vestuário fast fashion H&M quando lançoi a coleções “conscientes” representando menos de 1% da produção, enquanto mantém o modelo de descarte rápido. Ou mesmo a gigante Nestlé que prometeu ser “net zero” até 2050, mas continua sendo uma das maiores poluidoras de plástico do mundo.

Como identificar greenwashing
Portanto, é preciso prestar atenção para verificar se o que está acontecendo pode ser categorizado como greenwashing, como:
- Identificar promessas sem prazo (“Vamos ser sustentáveis”), as metas precisam ser claras (“Reduzir emissões em 50% até 2030”).
- Verificar a existência de dados específicos (“90% menos água no processo produtivo”) e o não-uso de termos vagos (“amigo do ambiente”).
- Buscar evidências e comprovações, como certificações independentes e relatórios públicos, não se baseando somente em marketing.
- Desconfiar de pequenas ações com muito destaque, as mudanças reais devem mostrar estar em toda a operação da empresa.
Além disso, uma boa maneira de desmascarar empresas que estão tentando enganar os consumidores é fazer perguntas como:
- Os dados são públicos e auditáveis?
- A empresa mudou suas práticas principais ou só a comunicação?
- As certificações são de organizações independentes?
- As metas têm prazo e como será medido o progresso?
Por que isso importa
Greenwashing é muito pior do que somente propaganda enganosa — é um obstáculo real para a sustentabilidade. Pois, confunde consumidores, desvia recursos de soluções reais e permite que poluidores continuem operando sem mudanças.
Dessa forma, quando empresas genuinamente sustentáveis competem com quem só finge ser verde, todos perdem: o consumidor, o meio ambiente e a economia.
Portanto, a cura para o greenwashing é simples: transparência total; mostrar dados, permitir auditoria, assumir erros e trabalhar para corrigi-los.
Empresas que realmente querem fazer diferença não escondem seus processos — elas os exibem. Mostram o caminho percorrido, os desafios ainda não resolvidos e como pretendem chegar lá.
No fim das contas, quem age de verdade não precisa convencer ninguém — os resultados falam por si.
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