Comer saudável e viver sustentável, qual a relação?

alimentos produzidos em agrofloresta

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Hoje em dia muito se fala sobre mudanças climáticas, e que o nosso planeta está colapsando, inundando, queimando, superaquecendo e sendo devastado, nós já sabemos.

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Que precisamos comer de forma saudável já estamos cansados de saber, mas o que isso significa exatamente?

Com tantos produtos disponíveis no mercado hoje em dia dizendo ser zero isso, zero aquilo, zero testes em animais, conservantes, aditivos, agrotóxicos… será que são zero nutritivos também?

E se você descobrisse que o seu esforço diário para “comer saudável” não é tão saudável assim para o planeta?

A grande variedade de opções e uma crescente na indústria alimentícia, acaba deixando uma grande incógnita do que é verdade ou não sobre a saúde do nosso corpo e do planeta.

Mas uma coisa é certa que podemos afirmar: se é saudável para a terra é saudável para nosso corpo, e vice-versa. Agora ficou mais simples né?

Nossa história com a agricultura

Nossa história com a agricultura é tão antiga quanto nossa própria civilização, é por meio dela que construímos nossa relação mais fundamental com a Terra, com o cultivo de alimentos e com comer de forma saudável.  

Não é à toa que a base da nossa economia mundial é a agricultura, e, se olharmos para trás na história da humanidade, a riqueza de uma pessoa, família ou sociedade era medida pela quantidade de recursos naturais que ela possuía: terras, frutos, gado.

Mas hoje, essa relação está em um momento crítico que exige nossa atenção e ação imediata.

comer saudável

Comer saudável e a agricultura brasileira

No Brasil, os números contam uma história surpreendente: a agricultura familiar, representando 77% dos estabelecimentos rurais, é responsável por 70% dos alimentos que chegam às nossas mesas. 

São pequenos produtores que, muitas vezes usando práticas agroflorestais e regenerativas, não apenas nos ajudam a comer saudável e alimentam o país, mas também preservam saberes ancestrais e fortalecem comunidades locais.

Enquanto celebramos o agronegócio representando 25% do PIB nacional, raramente paramos para calcular o custo real dessa produção. 

As vastas monoculturas, embora impressionantes em escala, representam um empobrecimento sistemático da biodiversidade e uma simplificação perigosa dos ecossistemas, e principalmente na hora de comer saudável. 

Como destaca Marion Nestle, especialista em políticas alimentares: “As grandes corporações alimentares moldam o que comemos, como comemos e até o que pensamos sobre comida. Elas gastam bilhões de dólares em marketing, não para atender às necessidades nutricionais das pessoas, mas para maximizar seus lucros, mesmo que isso signifique promover dietas que prejudicam a saúde.”

Como é possível famílias de baixa renda serem diagnosticadas com desnutrição e obesidade ao mesmo tempo? Comer saudável se tornou relativo de acordo com as condições financeiras que temos?

Uma das grandes problemáticas dos alimentos ultraprocessados e industriais é justamente a carência de nutrientes, e excesso de açúcar e amido em produtos de fácil acesso e baixo valor financeiro e nutricional.

Comer saudável vai além do corpo

Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), 80% da produção global de alimentos reais vem de pequenas propriedades. 

Este dado revela algo fundamental: a diversidade não é apenas desejável, é essencial para nossa segurança alimentar. Assim como uma floresta prospera através da interconexão de diferentes espécies, nossa capacidade de produzir alimentos, e comer saudável depende da multiplicidade de agricultores e práticas regenerativas.

“A política alimentar não é apenas sobre o que está no nosso prato; é sobre quem tem poder no sistema”, ressalta Nestle. “Enquanto governos deveriam priorizar o acesso a alimentos saudáveis para todos, frequentemente suas decisões refletem os interesses de quem tem mais influência econômica.”

Existe um caminho alternativo para saúde

Sistemas agroflorestais demonstram que é possível produzir alimentos em abundância enquanto regeneramos a saúde do solo e a biodiversidade. 

Estas práticas não apenas capturam mais carbono, em até três vezes mais por hectare que sistemas convencionais, mas também garantem segurança alimentar e renda digna para comunidades rurais.

“Se quisermos mudar o sistema alimentar”, conclui Nestle, “precisamos educar as pessoas não apenas sobre o que é comer saudável, mas também sobre como o sistema funciona e quem se beneficia dele. Comer é um ato político, e cada escolha alimentar pode ser uma forma de resistência.”

A transformação do nosso sistema alimentar não é apenas uma questão de produção, é uma questão de escolha, afinal já se foram os tempos arcaicos em que a oferta escassa mandava na escolha do consumidor. Hoje em dia, com uma alta oferta, quem manda se vamos ou não comer saudável, é a demanda. 

Cada decisão de consumo, cada apoio a produtores locais, cada investimento em práticas regenerativas é um passo em direção a um futuro onde comer saudável e preservação ambiental caminham juntas.

Conheça aqui, algumas histórias de transformação na vida e nas terras de pequenos agricultores após a implementação da agrofloresta.

comer saudável

Comer saudável é biodiversidade na terra, no prato e no corpo

Para compreendermos melhor os prejuízos causados pela monocultura, não apenas para a terra, mas como isso também influencia na nossa alimentação saudável, faça um exercício de visualização:

Imagine se você passasse um ano inteiro se alimentando apenas de um único alimento achando que está comendo saudável, vamos supor que seria bananas, o que aconteceria com o seu corpo? 

Certamente seria suprido de potássio e outros componentes que são ricos nas bananas, mas você teria uma deficiência em proteínas e muitos outros elementos que seu corpo precisa para ficar forte e ter um sistema imunológico resistente. 

Faz sentido? 

E o que acontece quando a resistência do nosso organismo cai? Ficamos mais suscetíveis a contrair vírus e bactérias que estão ao nosso redor, e o corpo vai precisar de medicações externas como antibióticos para se restabelecer. 

O abismo entre o remédio e o veneno está na DOSE

Todo medicamento possui um efeito colateral negativo, afinal, muitos deles são como “venenos” em pequenas doses para remediar, podendo enfraquecer ou vulnerabilizar outras partes do corpo. Portanto, se ingerirmos em excesso ou por muito tempo, ficamos intoxicados.

E é exatamente isso o que acontece com a terra e a monocultura.

Não paramos para pensar na lógica da troca, mas não é apenas uma terra fértil que oferece nutrientes para as plantas, e sim as diversas plantas que oferecem nutrientes para o solo se tornar forte e fértil para retroalimentá-las.

Quando plantamos apenas um tipo de nutriente em um solo que seria o equivalente a não comer saudável, acabamos deixando-o desnutrido, com a resistência baixa e suscetível a vírus e bactérias, que nesse caso chamamos de “pragas”.

Se pararmos para pensar que a natureza é um organismo perfeito que se auto sustenta e que tudo o que a compõe existe por um motivo, começamos a enxergá-la de outra forma.

Por exemplo, insetos ou vírus não são “pragas”, mas indicadores de doenças. Sua função por natureza é podar aquilo que não está saudável para que possa se regenerar novamente mais forte. O mesmo vale para nosso corpo: comer saudável fortalece nosso organismo e reduz a necessidade de remédios.

Informação na mesa é saúde no corpo

A nossa falta de compreensão de como um ecossistema funciona, faz com que assumamos um “controle” artificial de como as coisas devem ou não devem funcionar, tendo de gerar mais energia e retrabalho para fazer o que a natureza simplesmente exerce sem a nossa interferência.

Quando as “pragas” chegam nas plantações, é o momento de entrar com os antibióticos, ou seja, pesticidas e agrotóxicos, venenos que são absorvidos pela terra, pelos alimentos e pelo nosso corpo.

O excesso de “medicamentos” torna a terra e nosso corpo ácidos e inférteis, comprometendo produtividade, criatividade e saúde, enquanto a acidez se transforma em intolerância, inflamação e impotência física, mental e emocional.

Você também consegue visualizar a base da nossa economia em uma maca de hospital tomando soro na veia 24 horas por dia, com os sinais vitais apitando em alerta e a vida por um fio? 

Nós conseguimos. E temos a certeza que todas as pessoas que começam a fazer escolhas melhores do seu consumo e sobre comer de forma verdadeiramente saudável, também conseguem. Não apenas ver, mas sentir empatia por esse cenário irônico e contraditório, já que não tem a menor necessidade de existir.

Entende porque a mudança é urgente e começa dentro de casa? 

Economia é a “gestão de uma casa”, nossa primeira casa é nossa consciência, nossas escolhas, nosso corpo, nosso prato, nossos alimentos, nossa casa coletiva como sociedade e nosso ÚNICO planeta terra e todos os seus habitantes e recursos. 

Descubra como fazer melhores escolhas conosco, apoiando a agricultura regenerativa e fortalecendo a base da nossa economia e comunidades locais.

Comece hoje mesmo a transformar sua vida e sua empresa em uma agente de mudança regenerativa, e apoie quem realmente está mudando o mundo na prática!

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